Anita Malfatti: 7 curiosidades sobre a artista brasileira pioneira do modernismo
Anita Malfatti é um dos nomes de destaque do circuito brasileiro de arte. Pintora, desenhista e ilustradora, seu nome é um dos mais importantes a serem estudados e suas obras integram coleções valorizadas. Continue lendo e saiba mais sobre sua vida e obras.
1. Anita Malfatti fez parte do grupo dos cinco
Anita Malfatti fez parte de um grupo seleto de artistas brasileiros de sua época, com Tarsila do Amaral, Menoti del Picchia, Oswald de Andrade e Mário de Andrade.
Juntos desafiaram as regras tradicionais impostas e criaram uma vertente com base em seu nacionalismo e desafiando o senso estético admirado na época, o modernismo.
2. Lecionou desenho e pintura no Brasil
Após morar e estudar em Paris em 1923, Malfatti voltou ao Brasil em 1928 para ensinar desenho e pintura. O ato de educar é algo que Anita aprendeu com sua mãe, que também ensinava pintura como forma de sustento e ensinou o básico para a artista quando ela era criança.
Além de dar aulas, fazia exposições e participou de grupos importantes da Família Artística Paulista e Sindicato de Artistas Brasileiros.
3. Foi do expressionismo ao fauvismo
A estética de suas obras é influenciado pelo expressionismo sem usar o naturalismo ao pintar contornos grossos com temáticas nacionalistas.
Em sua carreira acabou afastando-se do modernismo para se aproximar do fauvismo com uso de cores mais intensas com temáticas regionalistas. Terminou sua vida retratando temas da cultura popular.
4. O homem amarelo é uma de suas principais obras
O quadro O homem amarelo de 1916 é uma de suas obras mais importantes e foi exposta na Semana de Arte Moderna de 1922 feito em comemoração ao centenário da independência.
5. Era amiga de Di Calvacanti
Di Calvacanti quem lhe motivou a fazer sua primeira exposição com cerca de 50 obras. Os dois faziam parte dos mesmos círculos e eram amigos.
6. Suas obras tinham denúncias sociais
Anita Malfatti retratava cenas do cotidiano de centros urbanos onde evidenciava situações de desigualdade e de pessoas marginalizadas.
7. Monteiro Lobato fez uma crítica e impulsionou o modernismo
Os quadros de Anita com influência do expressionismo tinham a estética contrária do que o circuito de arte brasileiro apreciava com pinturas acadêmicas para a elite conservadora na época.
Por isso, sua exposição recebeu uma forte crítica negativa do escritor Monteiro Lobato publicado no jornal O Estado De São Paulo, que acabou impulsionando o modernismo no país com Anita encabeçando e puxando esse movimento.
Sem formas exatas
Suas obras desafiavam o senso estético proposto pelas vertentes tradicionais, que eram apreciadas naquela época. Buscando a renovação, o modernismo não se apegava a formas exatas.
Desta forma, desafiava as normas impostas pelo tradicionalismo onde as formas e figuras ficavam livres para o desenvolvimento dos artistas.
O modernismo tinha como tema recorrente o nacionalismo com artistas que buscavam criar uma arte brasileira com tendências próprias, ao contrário das vertentes que eram influenciadas pelos movimentos europeus.