A carreira crítica da polêmica Adriana Varejão
Adriana Varejão
Nascida na cidade do Rio de Janeiro em 1964, Adriana Varejão é uma artista plástica contemporânea e uma das que ainda em atividade possui mais reconhecimento. Ela é conhecida principalmente por suas obras na pintura, mas ainda trabalha outras vertentes da arte, seja incluindo-as em suas telas ou trabalhando-as individualmente.
Adriana teve seus primeiros contatos com o meio artístico ainda jovem, no início de sua fase adulta, após abandonar o curso de Engenharia da PUC. Fez cursos de arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e realizou sua primeira exposição individual aos 24 anos, na Galeria Thomas Cohn. Antes mesmo de sua primeira exposição individual a carioca recebia o Prêmio Aquisição do Nono Salão Nacional de Artes Plásticas, da Fundação Nacional de Artes do Rio de Janeiro.
Adriana Varejão - Abóbada
Entre o prêmio e a primeira exposição
Entre o prêmio e sua primeira exposição individual, Adriana Varejão teve a inclusão de um importante movimento em seus conhecimentos artísticos. Após uma viagem a cidade histórica de Ouro Preto, o barroco foi inserido em seu repertório, que até o momento era caracterizado por uma maioria de obras figurativas.
Obras com pinceladas características das azulejarias das igrejas começam a se tornar uma marca das obras daquele momento da artista. As cores e tonalidades barrocas também acabam se tornando frequentes, o que pode ser visto em obras como “Altar I” e “Abóbada”.
Adriana Varejão – Altar I
Arte crítica e mensageira
Para ela, a arte não pode ser algo exclusivamente belo e ou decorativo. É importante que a obra tenha uma linguagem que a aproxime de quem a vê, da mesma forma que tenha uma mensagem, uma razão e que realmente tenha um sentido interno.
Daí podemos entender o peso e o valor de suas artes contemporâneas, que se transformaram com o passar dos anos e que agora acompanham do belo dos azulejos desenhados, com geometria e cor, ao peso da aparência de seu interior, que carrega um olhar mais fúnebre ou denso, como se formasse um corpo dilacerado.
Adriana Varejão – Swimming Pool
Esses trabalhos, em sua maioria, criticam as forma de colonização que dilaceraram algumas culturas para que outras se tornassem mais importantes. Dentre as críticas, Adriana também questiona e simboliza o processo de evangelização da igreja católica e de suas frequentes polêmicas.
Adriana Varejão – Varal
O trabalho e o reconhecimento
Adriana se considera uma pessoa extremamente aficionada pelo trabalho e que acredita que se não trabalhasse tanto com certeza se tornaria maluca.
Apesar de ter recebido seu último prêmio em 2013, quando foi premiada com o Prêmio Mario Pedrosa de Melhor artista de linguagem contemporânea da ABCA, hoje talvez esteja no auge de sua carreira, com exposições individuais ou em grupo por inúmeras partes do mundo e importantes galerias, como a Gagosian em Nova Iorque.