Colecionadores de arte: conheça a história dos gabinetes de curiosidades

quinta-feira, 10 de novembro de 2022 09:21:00 America/Sao_Paulo

Os gabinetes de curiosidades tiveram um papel fundamental no hábito de colecionar obras de arte e deu início ao mercado, museus e galerias. Continue lendo e aprenda mais sobre uma parte da história fascinante.

Entender estes aspectos darão uma visão dos mercados contemporâneos e dos colecionadores maiores, assim como pode ajudar a entender melhor os motivos de alguém começar uma coleção ou acender iniciativas.

Como surgiram os primeiros colecionadores de arte

A Itália da época Renascentista era marcada por uma aristocracia que tinha por prazer colecionar coisas interessantes, belas e luxuosas nos chamados gabinetes de curiosidades. Também eram conhecidos como galleria, studiolo, museo.

Existiam gabinetes de todos os tamanhos, desde os mais simples aos mais elaborados com vários compartimentos e andares, que poderiam se esticar e tomar a sala toda. Muitas vezes tomavam mais de um cômodo.

Os objetos que compunham a coleção pessoal de cada pessoa vinha de viagens longas com buscas por novidades.

As peças davam oportunidade para contar histórias sobre uma aventura épica ou como foram fabricados. 

Eles ficavam sob a vista de convidados quando havia uma festa com jantar como uma forma de entretenimento na Europa do século 19 quando não existia muita opção de entretenimento.

 

Papel social e de status

Como pudemos perceber os gabinetes desempenhavam um papel social importante, além de fazer uma representação da personalidade de seus donos através das posses de objetos glamurosos ou que indicassem riqueza, erudição e bom gosto.

Poder pelos objetos de arte

Eles já tinham entendido que os objetos preciosos exerciam poder sob as pessoas e as associações entre luxo e personalidade davam impressões profundas de alguém.

Eles representavam um símbolo de status social. Quem era colecionador geralmente era rico e poderoso. Os conteúdos refletiam a personalidade do dono e carregava sua identidade.

Urgência existencialista através das coleções de arte

A partir do século 18, eles deixaram de apenas representar a inteligência e riqueza do dono, mas passou a ter necessidade de fazer com que o mundo fizesse sentido em um modo mais objetivo.

Passava a representar uma urgência existencialista para entender a vida. Portanto, os gabinetes de curiosidades era simbólico e apresentava para as pessoas questões essenciais sobre a transitoriedade da vida humana.

Os gabinetes eram um local de imaginação e para colocar as suas impressões do mundo. Os museus e galerias surgiram de coleções pessoais de gabinetes de curiosidades de reis e príncipes da Renascência, segundo o Instituto de Arte Soteby’s.

Gabinetes deram início ao museu do Louvre e do Museu Britânico de Londres. De acordo com seu crescimento em prestígio e tamanho, houve uma necessidade de separação que fez com que a cultura fosse adiante ramificada em várias frentes.