Do ex-voto ao neoconcretismo, a carreira de Macaparana
Macaparana
Pernambucano de Macaparana, José de Souza Oliveira Filho nasceu no ano de 1952 e ficou mais conhecido pelo nome de sua cidade natal. Ele é um dos grandes artistas plásticos do cenário atual e da história da arte brasileira. Conhecido por ser multitécnicas, Macaparana teve reconhecimento em várias partes da arte, se desenvolvendo na área da pintura, da gravura, da ilustração e da escultura.
Macaparana aprendeu as técnicas que colocava em prática sozinho e iniciou sua carreira realizando principalmente obras figurativas. Aos 18 anos já começa a ter os primeiros indícios de sucesso, realizando sua primeira Exposição Individual. Aos 20 se muda para o Rio de Janeiro, fica por um ano e caminha para São Paulo, onde fixa sua residência. As duas cidades seriam os locais de principal desenvolvimento artístico de Macaparana pelos próximos 10 anos de sua carreira.
No início suas obras tinham como as temáticas principais os temas de seu estado natal, mas com o passar do tempo ganham outros aspectos e, assim como os temas, suas técnicas evoluem e fazem com que ele seja considerado um importante artista do cenário atual da arte plástica brasileira.
O ex-voto
O ex-voto seria o principal tema abordado por ele no período citado acima. Ele nada mais é do que a utilização curta do termo ex-voto suscepto. O termo é dado para pinturas e obras de arte que são oferecidas ou oferendadas às figuras divinas e santificadas. Podemos considerar essa vertente artística como um meio termo entre arte e religião, uma completamente ligada à outra, se entrelaçando, sem deixar de lado a influência do que é vivido culturalmente no país ou região do artista.
É nesse período que suas obras acabam dando cada vez mais valor às figuras geométricas e à medida que seu trabalho ganha mais elementos, o relevo vai sendo também mais valorizado por Macaparana e algumas técnicas da escultura também passam a ser vistas de forma mais frequente em suas produções.
A transição de sua obra
Após o período dedicado quase que exclusivamente ao ex-voto, Macaparana tem um contato que é crucial para o desenvolvimento e para que suas obras tenham uma transição. O contato é com o artista Willys de Castro, importante nome ligado ao neoconcretismo brasileiro.
Foi nessa fase que Macaparana começou a ampliar a utilização de materiais em suas obras, realizando produções que tinham como material base o acrílico e até mesmo metais e que continuavam valorizando a geometria. Em sua maioria, possuíam traços e retas mais destacados e formas retangulares, quadradas e triangulares.
Macaparana continua produzindo e expondo suas obras em mostras individuais e coletivas e seus trabalhos estão nas principais galerias de arte do Brasil.