Preciosidades do acervo do MASP
O MASP é considerado o Museu de arte mais importante do Hemisfério Sul. São cerca de 10.000 peças, abrangendo arte africana, das Américas, asiática, brasileira e europeia, desde a Antiguidade até o século 21, incluindo pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, entre outros.
Além de nomes do acervo europeu – com obras de Rafael, Van Gogh, Cézanne, Renoir, Monet e Picasso –, fazem parte desse conjunto peças de outras culturas, como o par de guerreiros chineses e a escultura da divindade africana Exu. Entre os brasileiros, há trabalhos de Maria Auxiliadora, Agostinho Batista de Freita, José Antônio da Silva e Rafael Borjes de Oliveira, artistas autodidatas que atuavam fora do circuito tradicional da arte e da academia, e frequentemente são deixados de lado na história da arte. Este grupo ajuda a construir um panorama mais amplo e diverso da cultura brasileira, ao lado dos já reconhecidos Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Candido Portinari e Victor Meirelles.
As Exposições temporárias que seguem o cronograma do Museu são bárbaras, mas o acervo permanente conta com verdadeiros tesouros. Hoje, escolhi uma dessas preciosidades da reserva técnica: “A Amazona Retrato de Marie Lefébure”, Édouard Manet (1870-75).
O Autor, Édouard Manet, foi um artista francês, considerado como um dos mais importantes representantes do impressionismo. A obra é óleo sobre tela medindo 90 x 116. Ela foi pintada entre 1970 e 1975. Sim, existem obras que levam anos para serem concluídas, seja por oscilações de inspiração do artista ou por sua complexidade técnica e temática. Ela foi adquirida pelo MASP em 1958.
Olhando de primeira o que me chama a atenção, é a mancha preta plana da roupa. Paradoxalmente esse preto é luz. Ele é luminoso. Foi Matisse que observando o preto de Manet disse: O preto não é ausência de cor, ele é cor, é luz. Quanto mais ele acentua o preto mais fica acentuado também as cores claras. Assim, o rosto e cabelo da mulher ganha uma luminosidade incrível.